No dia 11 de abril, completou um mês da greve dos Técnico-administrativos das Instituições de Ensino Superior Públicas de todo o país. Em menos de 10 dias de paralisação, das 48 entidades sindicais, que representam Instituições Federais de Ensino (IFE), filiadas à FASUBRA, 44 já estavam em greve, englobando 63 IFE, dentre estas, 59 Universidades e 4 Institutos Federais. Além da pauta da recomposição salarial, a categoria decidiu cruzar os braços porque nenhum orçamento novo e exclusivo para o Plano de Carreira foi oferecido na mesa específica de negociação pelo governo.

No dia 3 de abril, foi a vez dos servidores federais da educação básica, profissional e tecnológica que também deflagraram greve por tempo indeterminado. De acordo com o último boletim do Comando Nacional de Greve do Sinasefe (11/04), sindicato nacional que representa a categoria, já são milhares de técnicos administrativos e docentes, reunidos em 63 seções sindicais, que cruzaram os braços em 24 estados do país, totalizando mais de 470 unidades da Rede Federal. “Além de não cumprir a revisão geral e anual, não negociar a reestruturação de carreira PCCTAE, EBTT e EBF e fazer a recomposição salarial, não atendeu ao pleito de revogação de todas as normas aprovadas pelos governos Temer e Bolsonaro que prejudicam os servidores e a educação federal, também não há recomposição do orçamento e reajuste imediato dos auxílios e bolsas dos estudantes. Portanto, há inequívoca e grave desconsideração com os servidores públicos que congregam a categoria e essa Entidade Sindical”, justifica o Sinasefe em comunicado oficial ao governo sobre a deflagração da greve. O comunicado, enviado antecipadamente no dia 28 de março, destacou ainda que os trabalhadores estavam usufruindo de um direito constitucional de paralisar as atividades em defesa dos seus interesses.

Nessa semana, a greve da educação ganhou ainda mais força com a deflagração da paralisação dos docentes das Instituições do Ensino Superior. De acordo com o Comando de Greve do Andes, sindicato nacional que representa a categoria, a greve iniciada nesta segunda-feira, 15 de abril, já conta com a adesão de 24 instituições, diversos campi integralmente paralisados e muita mobilização nas bases. A greve se soma à luta unificada por recomposição salarial e revogação de instruções normativas, portarias e outras medidas do bolsonarismo que afetam diretamente a educação pública, e também defende mais orçamento para as instituições federais, reestruturação da carreira e a exoneração de interventoras e interventores nas universidades.

A greve geral na educação é resultado do fato de que hoje os servidores desse setor amargam um dos piores pisos salariais do serviço público federal. Todo o setor da educação federal está de braços cruzados pela valorização de mulheres e homens que constroem todos os dias a educação federal desse país. Todo apoio aos grevistas!

 

*Crédito da foto: Sindiedutec / Arquivo