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Intensificação da luta dos servidores arranca reunião extraordinária do governo para 10 de abril

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Uma nova Mesa Nacional de Negociação Permanente acontecerá no dia 10 de abril, quarta-feira, às 14h30. A oitava rodada de negociação não estava prevista para acontecer esse mês e essa convocação extraordinária é resultado da intensificação da mobilização dos servidores federais em todo país. Diversas categorias já se encontram em greve, como os servidores federais da educação básica, profissional e tecnológica e os servidores técnicos administrativos em educação, e uma marcha à Brasília está programada para o dia 15 de abril com servidores de todos os cantos do país.

A antecipação da reunião é parte da batalha também encampada pelo Fonasefe de solicitar uma reunião extraordinária diante do recorde de arrecadação da União no primeiro bimestre desse ano. No dia 20 de março, o Fonasefe solicitou, via ofício, o adiantamento da reunião da MNNP para a primeira quinzena de abril. Como destacava o ofício, a antecipação é fundamental para que os servidores não fiquem de escanteio novamente na divisão do bolo do orçamento, que tem sido a proposta do governo até o momento de 0% de reajuste em 2024. Na última rodada de negociação, em fevereiro, o governo condicionou o reajuste em 2024 a um possível incremento no orçamento.

No entanto, os resultados da arrecadação federal no mês de fevereiro é o melhor da série histórica da Receita, iniciada em 1995. A arrecadação chegou a R$ 186 bilhões em fevereiro, alta de 12,27%.A arrecadação do primeiro bimestre acumulou 441,86 bilhões, um acréscimo real de 8,98%, atingindo o melhor resultado para o primeiro bimestre do ano desde 2020.

Para o Fonasefe, o bolo cresceu e a reunião do dia 10 de abril tem que servir para discutir o valor deste montante que será destinado a minimizar as perdas salariais dos servidores Públicos Federais ainda em 2024. Os servidores acumulam perdas salariais de até 34% desde o governo Temer e não podem amargar mais um ano de congelamento.

Para o Fórum, a mobilização continua até que o governo honre com o seu compromisso de valorizar o serviço público e aqueles que fazem o serviço funcionar com o seu trabalho.