Antes de mais nada, é preciso destacar que o adiantamento da Mesa Nacional de Negociação Permanente que ocorreria em junho para 10 de abril foi fruto da intensificação da luta dos servidores federais e da batalha do Fonasefe para antecipar a negociação diante dos recordes de arrecadação atingidos pela União no primeiro bimestre do ano.

Dito isso, no dia 10 de abril, governo e bancada sindical se reuniram na tentativa de superar o impasse nas negociações sobre a recomposição salarial. O Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos apresentou uma proposta que manteve os valores de reajuste dos auxílios trazidos anteriormente (auxílio-alimentação de R$ 658 para R$ 1 mil; auxílio-creche de R$ 321 para R$ 484,90), acrescentando apenas alteração do quadro per capita no caso do auxílio-saúde (ver quadro aqui). A grande mudança que o governo trouxe foi propor que a negociação da recomposição salarial seja feita nas mesas específicas, se comprometendo a instalar as mesas que continuam pendentes até julho deste ano.

Vitória da bancada sindical unificada!
Durante a reunião, o secretário José Lopez Feijóo, chegou a apresentar uma cláusula de conteúdo antissindical que proibia que os servidores realizassem greve durante a negociação. Após forte questionamento e indignação da bancada sindical, o governo recuou e o dispositivo foi excluído da proposta.

A maioria decide
A proposta do governo deverá ser avaliada pelo movimento até a próxima sexta-feita (19). Até lá, a jornada de luta segue a todo vapor. No dia 17 de abril, servidores federais de todo o Brasil marcharão em Brasília para exigir valorização de categorias fundamentais para combater as injustiças no país