Nise foi médica pioneira na luta antimanicomial e reconhecida mundialmente
O projeto de lei que previa a inserção do nome de Nise da Silveira no livro de Heróis e Heroínas da Pátria foi vetado pelo presidente Jair Bolsonaro. A médica alagoana ficou mundialmente conhecida pelo seu vanguardismo em abordar transtornos da saúde mental de forma humanizada. O projeto de autoria da deputada Jandira Feghali (PCdoB) havia sido aprovado pelo Congresso no dia 24 de abril. Bolsonaro argumentou que a homenagem representaria “contrariedade ao interesse público”.
Nise Magalhães da Silveira foi médica psiquiatra, nasceu em 1905 em Maceió e faleceu em 1999. Trabalhou na área de saúde a partir da década de 40 e revolucionou o tratamento mental no Brasil após se rebelar contra os métodos manicomiais violentos aplicados na época.
Reconhecida mundialmente por sua contribuição à psiquiatria, foi aluna do famoso psiquiatra e psicoterapeuta Carl Jung. Desenvolveu um modelo humanizado de tratamento contra os transtornos mentais, com terapias como a expressão dos sentimentos por meio das artes e o contato com gatos e cães.
Ao não reconhecer a importância deste nome para a história do país, Bolsonaro mais uma vez deixa claro sua falta de compromisso com a qualidade da saúde pública e os direitos humanos.